29/01/2009

Level 9 Visual Geek

Tem gente que reclama que o motion dive é limitado, que programas como o Resolume e o Arkaos são muito melhores e blablabla...

Umas semanas atrás eu achei esse link - um tutorial para usar video ao vivo no motion dive. Algo realmente simples - um arquivo de Quartz Composer que puxa o sinal da câmera de vídeo e renderiza de volta na tela, mas que o motion dive interpreta como um arquivo de vídeo.

Então eu comecei a me perguntar: se o motion dive entende um patch do quartz como um filme e consegue manipular essa imagem como qualquer outro clipe da biblioteca, o que mais eu poderia fazer usando o quartz? Será que eu conseguiria driblar a limitação de usar material pré-renderizado mas sem perder a incrível interface do motion dive?

Na CParty eu gastei um dia pesquisando maneiras de manipular videos usando o controlador MIDI externo; mas eu descobri duas coisas sobre clipes que usam a isight integrada:

1. são extremamente pesados;
2. são muito instáveis dentro do motion dive e tendem a travar ou derrubar o programa

Mas é uma brincadeira bacana...




Também preciso transpor outra barreira - pro controle por MIDI funcionar, os clipes têm que usar canais e controles diferentes dos que eu programei pro motion dive (pra não entrar em conflito), mas isso é só uma questão de tempo e pesquisa até ser resolvido.

Mas o Quartz - que, aliás, vem com o OSX - não serve só pra interpretar imagem da isight - ele também pode usar videos gravados, imagens, puxar links da web e usar as entradas de áudio. Depois de uns três dias de pesquisa, consegui montar meu primeiro patch de animação reativa à música, a partir de uma foto...



Ao contrário dos clipes que usam a webcam, esse vídeo não deixa o motion dive instável. Mas é um tanto pesado pra renderizar.

Eu comecei esse post dizendo que tem gente que acha o motion dive limitado. Acho que com esse exemplo super simples deu pra mostrar que com um pouquinho de pesquisa e trabalho, é possível não só pra ultrapassar os limites do programa, como adicionar funcionalidades a ele de maneiras criativas.

Enfim, essa é a grande viagem do trabalho com motion graphics (odeio o termo VJ): cada pessoa usa um setup diferente de hardware e software, e a partir da pesquisa cada um cria sua maneira de trabalhar e sua linguagem pessoal.

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