29/08/2010

Chamem os macacos, mas não reclamem depois

Bomb The Bass e Front 242 basicamente me deram o empurrão pra gostar de música eletrônica, isso quando para ser DJ não bastava ter uma fama Miojo. Certa vez numa matinê na Yellow, casa noturna do final dos anos 80 em Maringá, uma dupla de DJs se apresentava fazendo manobras incríveis nas pickups. Nessa mesma época entrei em contato com a produção de fanzines no Brasil (tenho vários legais, posto em outro blog depois). A cultura do skate e do surf estavam em seu início de ciclo da prosperidade. Junte a isso um pouco de grafitti e você tem um moleque que gosta de desenhar, faz e troca zines com gente do país todo, tenta andar de skate, aprecia o estilo do surf e jura que um dia vai fazer pessoas dançarem ao seu som.

Muitos anos se passaram desde essa época. Até que em 2002 comprei meu primeiro mixer, era um Gemini de 2 canais, usado. E junto investi uma grana pesada em um par de caixas de som, amplificador, cabos, rack. Logo na sequência fiz um upgrade com um par de CDJ 100. Meu desejo adolescente de virar DJ só pude realizar na vida adulta. Não é fácil arrumar lugar pra tocar, ainda mais que meus sets nunca foram feitos pra agradar a maioria, sempre tentei tocar coisas diferentes, sons que eu não ouvia facilmente por aí. É, vamos concordar, Dave The Drummer tem que ter lugar e gente certa.

Passada a fase dos CDJs veio o interesse por manipular áudio, montar músicas e tentar fazer algo mais personalizado. Em 2005 comecei a experimentar loops num editor de áudio da Apple, o Soundtrack, montei umas 50 tracks que usava pra discotecar. Era bem divertido quando alguém vinha perguntar que som era aquele e eu dizia que era meu. Sempre inspirado pelo som de gente como Chris Liberator, Anderon Noise, Dave The Drummer e outros caras mais undeground.

Depois da fase solitária o Loop Le Monkey aumentou o time com o visualista Chico Rasia. No arsenal, Macbooks, softwares inteligentes, controladores, projetor, telão e muita cerveja renderam cerca de 1000 minutos de sets gravados, vários vídeos, convites pra tocar em lugares legais e muitas pessoas descobrindo que podiam gostar de música eletrônica.

Hoje temos tocado publicamente menos do que gostaríamos, mas sempre que dá tem algo novo sendo gravado, como esses dois sets adiante. Eles fazem parte de um novo jeito de usar o Trigger Finger, uma maneira mais suave de tocar, mais próxima do que se faz num set de DJ. Quem ouve nossos sets regularmente vai notar a diferença e a evolução sonora.

Vida longa ao Loop Le Monkey e nos chamem pra tocar. Queremos ver o teto tremendo.



Um comentário:

vairajajaggars disse...

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