O clipe faz referência (talvez não tão óbvia) aos trabalhos do Gruppo Memphis - Ettore Sottsass, Michael Graves, Hans Hollein, Alessandro Mendini e outros. Sobre o Memphis:
Memphis era a recusa definitiva das tendências do Radical Design ou Anti Design italiano dos anos 70. Aqui não estavam sendo formuladas utopias ou postulada uma posição crítica contra o comportamento dos objetos; procurava-se muito mais, dos princípios dos anos 70, tirar finalmente algum lucro individual (...)Isto era o que os designers da Memphis - especialmente Ettore Sottsass - realmente queriam: um design que se apropriasse de estímulos de diversos contextos culturais, os valorizasse esteticamente e os transformasse em objetos. Uma nova sensualidade era procurada e que com sua popularidade pudesse estar presente em todos os continentes.(BURDEK, B. E. Design: História, Teoria e Prática do Design de Produtos. São Paulo : Edgard Blucher, 2006)
Hoje fala-se muito de uma estética "minimalista", de "vintage", de um revival do movimento modernista. As peças (cadeiras, luminárias...) do Memphis dão frio na espinha de qualquer arquiteto dito moderninho. A obsessão pelo bom design, aquele digno de sair em Casas Cor e revistas de decoração era justamente o alvo das críticas do Memphis.
Olhando para a mesmice e o tédio estético atuais, só restam duas perguntas: A mensagem do Memphis foi de fato transmitida?
E...
Será que eles não saíram de cena cedo demais?
(Pra arrematar, uma cena de Liquid Sky (1982))
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