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06/09/2010

Chimpanzé incendiário bebendo diesel



LLM setmix 100903a | Orangotango lenhador ladeira abaixo de rolimã by looplemonkey

LLM setmix 100903b | Chimpanzé incendiário bebendo diesel Petrobras by looplemonkey

01/08/2010

Non sense beat com bananas tóxicas e alta fermentação

Eu sempre tento explicar pra quem não entende muito de música eletrônica que tipo de som fazemos, depois de recapitular alguns sets acho que o nome mais adequado ao que fazemos seria non sense beat. Nesses dois sets dá pra ter essa noção com mais clareza, espero.
Faz tempo que n ão fazemos vídeos, briguem com o Chico Rasia.

10/07/2009

Macacos loucos incendeiam o James Bar

Era uma quinta-feira fria e chuvosa. Estávamos preocupados com quantas garrafas voariam sobre o palco. Mas a galera presente no James Sessions foi fantástica. Entramos de sola com nosso set mais light e os humanos responderam. De tão focados em tocar bem esquecemos de gravar o set. Mesmo não sendo uma noite de pista vários seres se amontoaram em frente ao palco pra dançar. Os macacos, já meio bêbados (double chopp), saíram deslizando sobre grooves ácidos e projeções matadoras. Tocamos cerca de 75 minutos. Uma porrada atrás da outra. O som da casa estava perfeito, nossos baixos saltavam bem gordos na orelha do povo. Até quem não curtia música eletrônica ficou mexido com o "punch" símio. Dia 24 o James vai virar um portal do inferno. Tocaremos com menos leveza.

Agradecemos aos que foram lá e não se arrependeram. Oa macacos adoraram a noite.


Fotos e vídeo por Simone Dias

10/04/2009

Control Monkey

Trigger Finger, MD-P1-S, axiom 25. Quem acompanha o blog já deve estar cansado de ver esses três nomes. Mas, afinal, pra que servem essas maquininhas? Se o Loop Le Monkey executa áudio e vídeo a partir de programas de computador, o teclado e o mouse não deveriam ser mais que suficientes?

Para entender minha paixão por esse lado altamente técnico da performance, vamos olhar com um pouco mais de atenção para dois conceitos, cibernética e interface e, por fim, estudar em mais detalhes os diferentes modos de controle.

1. cibernética

O que raios a cibernética e a teoria dos controles tem a ver com música?

Essas duas disciplinas complementares procuram compreender como sistemas fechados se comportam e se regulam, através do fluxo de informação entre seus componentes. Basicamente, as saídas de um sistema são medidas, comparadas com um valor de referência e os valores de entrada são regulados para que as saídas fiquem dentro dos valores desejados.


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Feedback_loop_with_descriptions.svg


Mas o interessante é entender que esse controle é feito através de informação, e não através da ação direta sobre a saída do sistema. Vou tentar esclarecer: quando eu controlo vídeos, eu não manipulo os vídeos diretamente, mas sim um pedaço de informação (um valor numérico MIDI) que é interpretado pelo software que, então, manipula o arquivo de vídeo.

(Em última instância, o software não manipula o vídeo tanto quanto manipula os zeros e uns do arquivo digital que serão, então, convertidos em pixels, os pixels em pulsos eletromagnéticos com valores de cor e luminância enviados para o projetor, que os converte em fótons que são finalmente projetados sobre a tela...)

Viagem? Sim, sem dúvida.

Mas entender como a informação é capaz de agir sobre todos os sistemas, vivos e não vivos, foi uma descoberta revolucionária; em "O rio que saía do Éden", Richard Dawkins argumenta que o DNA foi a maneira que a natureza encontrou para codificar e replicar informação bilhões de anos antes que fosse desenvolvida a linguagem.

Agora que entendemos que é possível controlar objetos através de informação ao invés de agir diretamente sobre eles, surge uma nova possibilidade: converter uma forma de informação em outra. Para isso existem as interfaces.

2. interfaces

Interface homem-máquina, interface de software, multi-touch interface. O termo vem sendo usado com tanta frequência que quase está perdendo o sentido. Do dicionário:

in•ter•fa•ce / noun / (Computing) a device or program enabling a user to communicate with a computer.


Essa é uma boa definição. Mas, para o caso do LLM, não é suficiente. Afinal, teclados, mouses e monitores são interfaces homem-máquina, e descobrimos progressivamente que esses dispositivos não são os mais eficientes para nosso trabalho.

Uma interface é um dispositivo capaz de transformar um tipo de informação em outro, compreensível pelo sistema sobre o qual se pretende agir para se obter o resultado de saída desejado.

Fótons sobre a tela de projeção em muito diferem da posição de um controlador rotatório. Mas, para nós, é muito mais fácil manipular um controlador rotatório, um botão, um pad do que tentar controlar fótons ou ondas sonoras. Enfim, o que eu quero dizer é que somente através da manipulação da informação é possível produzir o resultado de música ou de vídeo.

3. as interfaces em detalhes

As superfícies de controle que o Loop Le Monkey utiliza atualmente são um Trigger Finger, um Axiom 25 (ambos da m-audio) e um MD-P1-S da Edirol/Roland. O primeiro é usado em conjunto com o Ableton Live para a performance de música, e os outros dois são usados com o motiondive para a performance de vídeo. Naturalmente, usamos ainda os teclados e mouses dos notebooks, mas somente como complemento.

3.1 pad


Os pads sensíveis à pressão enviam informações de nota musical e velocidade (ou pressão); sua função básica é iniciar loops, ligar e desligar efeitos (um controle do tipo ligado-desligado) no Ableton Live.

Já os valores de pressão são usados com o Loop Bender, uma maneira que nós inventamos para manipular clipes de vídeo. Esse controle é altamente dinâmico e sensível e, aplicado aos vídeos, acaba com qualquer noção de temporalidade e linearidade. Sergei Eisenstein adoraria.

3.2 rotatórios



Os controladores rotatórios são excelentes para a manipulação de valores incrementais: volume dos canais de áudio, equalização de cor, ponto de início e fim de clipes de vídeo, valores que podem ou precisam ficar fixos por algum tempo.

Também são usados para navegação (escolher plugin de vídeo no motiondive, por exemplo).

3.3 sliders / crossfader

Os sliders fazem quase as mesmas funções que os rotatórios, mas são uma representação visual mais direta da posição e do valor do controle sobre o qual atuam. Usamos para manipulação de efeitos de áudio, basicamente.



Já o crossfader é específico do MD-P1-S. Quem já mexeu com discotecagem sabe exatamente o que ele faz. Em análise mais aprofundada, um crossfader é uma variação do slider, adaptado para a escolha entre os extremos de uma escala de valores.

3.4 botões

Simples controles de ligado-desligado, sem sensibilidade à pressão. Usados principalmente para o disparo de clipes e controles de efeitos.

3.5 teclas

As teclas brancas e pretas (como as de piano) produzem valores de nota musical, velocidade e, no caso do axiom, pressão (controle aftertouch). São muito versáteis, podendo ser usadas para o disparo de clipes, controle de canais de áudio e, é claro, para a composição musical.



Como vimos, não há mais que meia dúzia de modos de controle. Mas a distribuição física desses controles (bidimensional, tridimensional), a percepção tátil da posição de cada botão e rotatório (e eis aqui o meu ceticismo com as supostas interfaces touchscreen, que eu prefiro chamar de lookbutton) e a fineza de controle que se obtém com essas interfaces permite a conversão muito mais direta da informação.

Forma-se aí um loop fechado de informação, cérebro > mãos > controle > software > saída > olhos e ouvidos > cérebro, que em cada iteração altera o output do sistema e cada output do sistema leva à mudança dos inputs, em um processo orgânico de performance que somente é possível através da simbiose entre homem e máquina.



28/03/2009

A show of hands

Loop Le Monkey como ninguém nunca viu:

14/02/2009

Verme crescendo descontrolado

Ao fim de 2008 saiu o Brain Damage Vol. I com várias gravações do que produzimos ao vivo. Mas esse tal álbum virou um verme que cresce descontrolado. Hoje já tem mais de 400 minutos de gravação pra download divididos em 9 setmix e 2 bonus track.

Em janeiro pudemos mostrar nosso trabalho na Campus Party, onde fizemos contatos bem legais com outros doidos, também conhecemos o pessoal da Rádio Multishow, com direito a gravação de entrevista e setmix para um programa especial que vai ao ar dia 28/02.

Como o Brain Damage não para de crescer e hoje sobe para todos mais um setmix gravado dia 13/02, com direito a muita cerveja e besteirol de gente que passa a semana toda na ralação e na sexta-feira exorciza tudo com um dos melhores mix de áudio-video que se pode ver por aí. Foda-se a modéstia.

Repito, quem quiser realmente sentir o punch da macacada tem que nos ver ao vivo, e é mais fácil nos ver nos ensaios, que parecem estar migrando de vez para as sextas-feiras.

Fiquem em contato, baixem os setmix.

29/01/2009

Level 9 Visual Geek

Tem gente que reclama que o motion dive é limitado, que programas como o Resolume e o Arkaos são muito melhores e blablabla...

Umas semanas atrás eu achei esse link - um tutorial para usar video ao vivo no motion dive. Algo realmente simples - um arquivo de Quartz Composer que puxa o sinal da câmera de vídeo e renderiza de volta na tela, mas que o motion dive interpreta como um arquivo de vídeo.

Então eu comecei a me perguntar: se o motion dive entende um patch do quartz como um filme e consegue manipular essa imagem como qualquer outro clipe da biblioteca, o que mais eu poderia fazer usando o quartz? Será que eu conseguiria driblar a limitação de usar material pré-renderizado mas sem perder a incrível interface do motion dive?

Na CParty eu gastei um dia pesquisando maneiras de manipular videos usando o controlador MIDI externo; mas eu descobri duas coisas sobre clipes que usam a isight integrada:

1. são extremamente pesados;
2. são muito instáveis dentro do motion dive e tendem a travar ou derrubar o programa

Mas é uma brincadeira bacana...




Também preciso transpor outra barreira - pro controle por MIDI funcionar, os clipes têm que usar canais e controles diferentes dos que eu programei pro motion dive (pra não entrar em conflito), mas isso é só uma questão de tempo e pesquisa até ser resolvido.

Mas o Quartz - que, aliás, vem com o OSX - não serve só pra interpretar imagem da isight - ele também pode usar videos gravados, imagens, puxar links da web e usar as entradas de áudio. Depois de uns três dias de pesquisa, consegui montar meu primeiro patch de animação reativa à música, a partir de uma foto...



Ao contrário dos clipes que usam a webcam, esse vídeo não deixa o motion dive instável. Mas é um tanto pesado pra renderizar.

Eu comecei esse post dizendo que tem gente que acha o motion dive limitado. Acho que com esse exemplo super simples deu pra mostrar que com um pouquinho de pesquisa e trabalho, é possível não só pra ultrapassar os limites do programa, como adicionar funcionalidades a ele de maneiras criativas.

Enfim, essa é a grande viagem do trabalho com motion graphics (odeio o termo VJ): cada pessoa usa um setup diferente de hardware e software, e a partir da pesquisa cada um cria sua maneira de trabalhar e sua linguagem pessoal.
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