Mostrando postagens com marcador MIDI. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MIDI. Mostrar todas as postagens

06/09/2010

Chimpanzé incendiário bebendo diesel



LLM setmix 100903a | Orangotango lenhador ladeira abaixo de rolimã by looplemonkey

LLM setmix 100903b | Chimpanzé incendiário bebendo diesel Petrobras by looplemonkey

01/08/2010

Non sense beat com bananas tóxicas e alta fermentação

Eu sempre tento explicar pra quem não entende muito de música eletrônica que tipo de som fazemos, depois de recapitular alguns sets acho que o nome mais adequado ao que fazemos seria non sense beat. Nesses dois sets dá pra ter essa noção com mais clareza, espero.
Faz tempo que n ão fazemos vídeos, briguem com o Chico Rasia.

10/04/2009

Control Monkey

Trigger Finger, MD-P1-S, axiom 25. Quem acompanha o blog já deve estar cansado de ver esses três nomes. Mas, afinal, pra que servem essas maquininhas? Se o Loop Le Monkey executa áudio e vídeo a partir de programas de computador, o teclado e o mouse não deveriam ser mais que suficientes?

Para entender minha paixão por esse lado altamente técnico da performance, vamos olhar com um pouco mais de atenção para dois conceitos, cibernética e interface e, por fim, estudar em mais detalhes os diferentes modos de controle.

1. cibernética

O que raios a cibernética e a teoria dos controles tem a ver com música?

Essas duas disciplinas complementares procuram compreender como sistemas fechados se comportam e se regulam, através do fluxo de informação entre seus componentes. Basicamente, as saídas de um sistema são medidas, comparadas com um valor de referência e os valores de entrada são regulados para que as saídas fiquem dentro dos valores desejados.


Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Feedback_loop_with_descriptions.svg


Mas o interessante é entender que esse controle é feito através de informação, e não através da ação direta sobre a saída do sistema. Vou tentar esclarecer: quando eu controlo vídeos, eu não manipulo os vídeos diretamente, mas sim um pedaço de informação (um valor numérico MIDI) que é interpretado pelo software que, então, manipula o arquivo de vídeo.

(Em última instância, o software não manipula o vídeo tanto quanto manipula os zeros e uns do arquivo digital que serão, então, convertidos em pixels, os pixels em pulsos eletromagnéticos com valores de cor e luminância enviados para o projetor, que os converte em fótons que são finalmente projetados sobre a tela...)

Viagem? Sim, sem dúvida.

Mas entender como a informação é capaz de agir sobre todos os sistemas, vivos e não vivos, foi uma descoberta revolucionária; em "O rio que saía do Éden", Richard Dawkins argumenta que o DNA foi a maneira que a natureza encontrou para codificar e replicar informação bilhões de anos antes que fosse desenvolvida a linguagem.

Agora que entendemos que é possível controlar objetos através de informação ao invés de agir diretamente sobre eles, surge uma nova possibilidade: converter uma forma de informação em outra. Para isso existem as interfaces.

2. interfaces

Interface homem-máquina, interface de software, multi-touch interface. O termo vem sendo usado com tanta frequência que quase está perdendo o sentido. Do dicionário:

in•ter•fa•ce / noun / (Computing) a device or program enabling a user to communicate with a computer.


Essa é uma boa definição. Mas, para o caso do LLM, não é suficiente. Afinal, teclados, mouses e monitores são interfaces homem-máquina, e descobrimos progressivamente que esses dispositivos não são os mais eficientes para nosso trabalho.

Uma interface é um dispositivo capaz de transformar um tipo de informação em outro, compreensível pelo sistema sobre o qual se pretende agir para se obter o resultado de saída desejado.

Fótons sobre a tela de projeção em muito diferem da posição de um controlador rotatório. Mas, para nós, é muito mais fácil manipular um controlador rotatório, um botão, um pad do que tentar controlar fótons ou ondas sonoras. Enfim, o que eu quero dizer é que somente através da manipulação da informação é possível produzir o resultado de música ou de vídeo.

3. as interfaces em detalhes

As superfícies de controle que o Loop Le Monkey utiliza atualmente são um Trigger Finger, um Axiom 25 (ambos da m-audio) e um MD-P1-S da Edirol/Roland. O primeiro é usado em conjunto com o Ableton Live para a performance de música, e os outros dois são usados com o motiondive para a performance de vídeo. Naturalmente, usamos ainda os teclados e mouses dos notebooks, mas somente como complemento.

3.1 pad


Os pads sensíveis à pressão enviam informações de nota musical e velocidade (ou pressão); sua função básica é iniciar loops, ligar e desligar efeitos (um controle do tipo ligado-desligado) no Ableton Live.

Já os valores de pressão são usados com o Loop Bender, uma maneira que nós inventamos para manipular clipes de vídeo. Esse controle é altamente dinâmico e sensível e, aplicado aos vídeos, acaba com qualquer noção de temporalidade e linearidade. Sergei Eisenstein adoraria.

3.2 rotatórios



Os controladores rotatórios são excelentes para a manipulação de valores incrementais: volume dos canais de áudio, equalização de cor, ponto de início e fim de clipes de vídeo, valores que podem ou precisam ficar fixos por algum tempo.

Também são usados para navegação (escolher plugin de vídeo no motiondive, por exemplo).

3.3 sliders / crossfader

Os sliders fazem quase as mesmas funções que os rotatórios, mas são uma representação visual mais direta da posição e do valor do controle sobre o qual atuam. Usamos para manipulação de efeitos de áudio, basicamente.



Já o crossfader é específico do MD-P1-S. Quem já mexeu com discotecagem sabe exatamente o que ele faz. Em análise mais aprofundada, um crossfader é uma variação do slider, adaptado para a escolha entre os extremos de uma escala de valores.

3.4 botões

Simples controles de ligado-desligado, sem sensibilidade à pressão. Usados principalmente para o disparo de clipes e controles de efeitos.

3.5 teclas

As teclas brancas e pretas (como as de piano) produzem valores de nota musical, velocidade e, no caso do axiom, pressão (controle aftertouch). São muito versáteis, podendo ser usadas para o disparo de clipes, controle de canais de áudio e, é claro, para a composição musical.



Como vimos, não há mais que meia dúzia de modos de controle. Mas a distribuição física desses controles (bidimensional, tridimensional), a percepção tátil da posição de cada botão e rotatório (e eis aqui o meu ceticismo com as supostas interfaces touchscreen, que eu prefiro chamar de lookbutton) e a fineza de controle que se obtém com essas interfaces permite a conversão muito mais direta da informação.

Forma-se aí um loop fechado de informação, cérebro > mãos > controle > software > saída > olhos e ouvidos > cérebro, que em cada iteração altera o output do sistema e cada output do sistema leva à mudança dos inputs, em um processo orgânico de performance que somente é possível através da simbiose entre homem e máquina.



28/03/2009

A show of hands

Loop Le Monkey como ninguém nunca viu:

22/03/2009

Reinstate Chaos.

Loop Bender. Um original Loop Le Monkey.

Faz meses que eu venho pesquisando o Quartz Composer e sua integração com o motiondive. Mas, dessa vez, não tem nenhum truque de programação, nenhum hack: é só a boa e velha interface midi, usando as superfícies de controle de maneiras inesperadas.

Quem acompanha o blog já viu vários posts sobre o monome, com videos de artistas usando-o pra controlar um loop slicer. Era mais ou menos essa a função que eu vinha tentando emular usando o Quartz, até que ontem eu consegui um breakthrough: mapeei três comandos do motiondive nos pads sensíveis à pressão do controlador m-audio (axiom 25).



Os comandos "loop play position", "loop start position" e "color EQ - fore" foram mapeados nos 6 primeiros pads (3 pra cada canal). Os pads estão configurados pra mandar somente os dados de pressão (de 0 a 127), e não notas. Quando tiro a pressão do pad, o valor volta a zero. Como o Cláudio comentou ontem, os vídeos ficaram mais elásticos; por isso, batizei essa função de loop bender. 

(Não sei se alguém já tinha feito uma implementação semelhante...)

Parece uma coisa simples, mas a interface ficou muito, muito boa. Os pads do axiom são extremamente sensíveis, e a impressão que tenho é que consigo tocar nos clipes; controlando a pressão nos pads eu consigo um resultado mais orgânico (ou, talvez, caótico?) do que somente usando os controles rotatórios do MD-P1.

Na sequência, o clipe de teste de conceito ao som do Prodigy.



22/12/2008

LLM 3.0: monkey, evolved!

Sempre pensamos que o blog do Loop Le Monkey, além de servir como canal de relacionamento com o resto do mundo, também deveria ser nossa memória e registro histórico da evolução do LLM.

Agora, às vésperas da virada de 2009, achei que seria um ótimo momento para registrar a história dos símios mutantes radioativos.


LLM 0.0: the origin of monkey


Tudo começou em meados de 2006 (outubro ou novembro, eu acho...), quando o DJ Hermes nos apresentou o motion dive; eu lembro que ficamos maravilhados com a idéia de poder manipular vídeos como se fossem discos numa pickup!

LLM 0.1: macacos da pedra lascada

Nosso primeiro experimento símio foi na casa do Cláudio (quando ele ainda trabalhava em casa...); tínhamos um motion dive instalado num laptop HP que era simplesmente horrível, mas que tinha uma saída s-video. Ligamos o Reason no iMac do cláudio, espetamos o laptop na televisão e deixamos emergir nossos macacos interiores...

Foi.... interessante.... como prova de conceito, pelo menos.

Até hoje imagino o que os vizinhos pensaram naquela tarde de sábado...

LLM 1.0: macacos com rodas

Entre os primeiros contatos com o motion dive e a formatação do LLM como deveria ser passou pouco mais de um ano. Foi só no começo de 2008, quando o cláudio comprou um macbook, que pudemos finalmente realizar o que vínhamos cozinhando.

Eu juro que, na época, acreditávamos que o LLM caberia numa mochila... que não teríamos que montar e desmontar instrumentos, mesa de som, potência.....

LLM 2.0: monkey see, monkey do

A principal mudança entre o LLM 1.0 e o 2.0 não teve a ver com controladores ou macbooks: foi uma mudança de organização.

Quando tocamos no Soho, o LLM era um verdadeiro trem desgovernado: jogamos os clipes no Live, sem nenhum trabalho de montagem e edição, e íamos disparando os clipes aleatoriamente, torcendo pra não fazer nenhuma bobagem e rezando pra sair alguma coisa que prestasse.

Descobrimos que, organizando a biblioteca do live em cenas (ou grooves) conseguiríamos ter um pouco mais de controle sobre o que tocamos. Isso significa que teríamos que gastar muitas horas combinando baterias, baixos e synths em estúdio, mas que na hora de tocar ficaria tudo muito mais simples e muito mais legal, sem perder a espontaneidade de um set ao vivo.

Também foi nesse ponto que comecei a personalizar a biblioteca de vídeos (saindo dos samples de filmes e tv e começando a incluir alguns loops vetoriais...), e começamos a fazer os laboratórios símios - dias inteiros dedicados a criar loops de animação - ou, como preferimos falar, embronimation (Walt Disney deve estar rolando no túmulo).

LLM 3.0: the supreme monkey

Controle é tudo. É só isso que posso dizer.

A maior revolução do Loop Le Monkey aconteceu quando abandonamos o teclado e mouse e investimos em controladores MIDI. Axiom 25, Trigger Finger, MD-P1-S.... um setup que, para qualquer geek que se preze, seria como ver a Jennifer Morrison nua!

Setup pronto pra rodar.

Foi como se, de repente, os programas criassem vida. Agora conseguimos controlar tanto os clipes de áudio quanto os vídeos de maneira muito mais espontânea. Pra dizer de outra maneira: antes da adoção de controladores MIDI, o LLM funcionava na base da tijolada: soltava um clipe em cima do outro, sem transições, fade-ins e fade-outs, e não tínhamos como controlar efeitos e mixagem.

Ok, eu sei que parece meio forçado... mas quando começamos o LLM, não pensávamos em gastar dinheiro com controladores; essa necessidade surgiu quase que organicamente, ensaio após ensaio, conforme íamos percebendo que tínhamos idéias visuais e musicais que simplesmente não poderiam ser realizadas sem ter mais controle sobre os softwares.


LLM 3.X: the future of monkey

Os últimos clipes de ensaio e os sets mixados representam o LLM na sua versão 3.0. O que vai ser daqui pra frente, eu ainda não sei.

Computação física? Iluminação? Arduino? Controladores customizados? Animação generativa?

08/12/2008

chimpanzés na coleira - parte II



Na tarde de sábado, enquanto todo mundo passeava no shopping fazendo compras pro natal, os laboratoristas do Loop Le Monkey estavam trabalhando arduamente, reorganizando bibliotecas, programando controladores e preparando o primeiro ensaio do LLM versão 3.0.

Pra quem está curioso: do lado esquerdo é a estação do cláudio, um macbook com o Ableton Live ligado num m-audio Trigger Finger - essa é a estação que controla as músicas, soltando loops e controlando efeitos e mixagem no Trigger Finger.

Do lado direito é a minha estação: um macbook rodando o Motion Dive Tokyo Console, ligado num Edirol MD-P1-S e num m-audio Axiom 25. Basicamente, o console do motion dive funciona como um mixer de vídeos, e o Axiom é usado pra controlar efeitos e disparar clipes. Em teoria, seria um setup ideal... mas existe um enorme porém: o motion dive é limitado no software a 200 clipes por sessão... e apesar de conhecer o motion dive há muito tempo, e ter fuçado em tudo quanto é review do programa, eu não sabia disso...

O que acontece quando chega no limite? é só ver o clipezinho abaixo, do anticlimático final do ensaio:



Estamos tentando entrar em contato com a Roland / Edirol pra ver se há alguma solução pra esse limite, então eu não vou demonizar o produto.

Ainda.

Só digo que é uma pena encontrar uma limitação como essa. O controlador (físico) é excelente, o software é fantástico em sua simplicidade - testei pelo menos outros cinco softwares pra VJ e nenhum chega nem perto do Motion Dive em questão de usabilidade e agilidade. Pra quem tá interessado em comprar o MD-P1-S, o que eu posso recomendar, por enquanto, é esperar umas semanas e acompanhar o desenrolar dessa história.

30/11/2008

chimpanzés na coleira - parte I



Quando começamos o Loop Le Monkey, pensávamos que seria super simples... dois macbooks, e pronto. Nada de carregar instrumentos, caixa de som, potência...

Mas então nós começamos a evoluir como artistas, dominando melhor os softwares, aumentando nossas bibliotecas, e de repente surgiu a necessidade - ou seria vontade? - de ter mais controle durante a performance ao vivo.

Uns dois meses atrás, comprei um controlador Axiom 25 da m-audio. A idéia era usar o controlador pra programar linhas de baixo, bateria e synth, e não necessariamente pra performance ao vivo.

Numa bela manhã de sábado resolvemos juntar o Axiom com o Ableton Live; depois de um fim de semana programando a interface - mapeando todos os comandos esseciais do Live no controlador - conseguimos chegar num ponto em que conseguimos controlar a música sem parecer que estamos conferindo nossos emails ou acessando o orkut.



Não só ficou mais divertido, como conseguimos realmente controlar o que estamos tocando - entradas e saídas de canais, fade ins / fade outs, efeitos... A música ficou muito mais legal, e a performance muito mais energética.

O que ninguém esperava é que esse seria somente o primeiro passo numa "corrida armamentista" de controladores. Em menos de um mês mudamos completamente nossa concepção de setup ao vivo, com novos controladores e, agora, novas possibilidades musicais e visuais.

Mas isso vai ser assunto pro próximo post!
Related Posts with Thumbnails
 
BlogBlogs.Com.Br